BRASIL - Ambientalistas do mundo todo estão
engajados em defender uma causa mais grave do que muita gente pensa: o combate
ao tráfico de animais silvestres. Tanto quanto rentável a grandes quadrilhas,
este é um mercado cruel, que, no Brasil, retira cerca de 38 milhões de animais
de seu habitat natural todos os anos para dar-lhes como destino desde
laboratórios até colecionadores famintos pelas espécies mais raras e caras.
Destes animais, somente um em cada dez sobrevive, já que, desde a captura até o
transporte, passam por processos dolorosos ou até mortais. A saga dos
protetores desses animais é conscientizar a população a não comprá-los e,
assim, diminuir os riscos a que essa biodiversidade está exposta.
Os ambientalistas explicam que os animais sofrem,
e muito, ao serem retirados de seu ambiente natural. E não apenas por isso, mas
também pela forma como acontece o processo de captura, transporte e venda.
"Para o traficante, o animal não passa de mercadoria. Mas é uma mercadoria
viva, que faz barulho e chama atenção", explica o coordenador da Renctas,
Dener Giovanini. Por isso, os traficantes precisam silenciá-los. "Os
pássaros capturados, por exemplo, geralmente têm os olhos furados para que não
vejam a luz do dia e, assim, não cantem", conta. Outra prática comum entre
traficantes é quebrar o osso do peito das araras para que espete seus órgãos e,
com isso, fiquem impedidas de se mexer, sob dor constante a qualquer movimento.
"Os micos, quando vendidos nas feiras, em geral estão sob efeito de álcool
para que também parem quietos. Eles injetam álcool puro no animal, deste
comprado em farmácias, para que fique manso", explica o ambientalista.
BRASÍLIA - O governo lançou a Campanha
Nacional de Proteção à Fauna, destinada a reduzir os maus-tratos e o comércio
ilegal de animais silvestres. O pacote inclui cartazes com fotos de animais
machucados, que serão expostos em aeroportos e locais de visitação turística.
Também está prevista uma parceria com o Ministério da Educação para distribuir
adesivos e cartilhas educativas em escolas públicas.
O Ibama recebe por ano cerca de 50 mil
animais vítimas de maus-tratos, segundo o diretor de Uso Sustentável da
Biodiversidade e Florestas do órgão, Antonio Carlos Hummel. O governo estima
que 10 milhões de animais sejam vendidos ilegalmente a cada ano no país, mas
não tem números sobre a prisão de responsáveis pelo contrabando.
RIO CLARO - RJ - Um projeto vem sendo desenvolvido em uma
fazenda de Rio Claro (RJ) com o objetivo de preservar o meio ambiente. Na
Fazenda de São Benedito, localizada na estrada Mangaratiba-Rio Claro em uma
área de 140 hectares, foi transformada em uma área para a soltura de animais
após um convênio com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Renováveis). A ação faz parte do Projeto de Soltura de Animais Silvestres,
criado pela Secretaria de Meio Ambiente em parceria com o Instituto Chico
Mendes, Ibama e a Universidade Federal Rural do Rio deJaneiro(UFRJ).
A área – que é particular – pertence a Antônio Luiz de Melo, e é uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), onde onze funcionários trabalham na manutenção dos viveiros e na recuperação de áreas degradadas.
A área – que é particular – pertence a Antônio Luiz de Melo, e é uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), onde onze funcionários trabalham na manutenção dos viveiros e na recuperação de áreas degradadas.
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